domingo, 2 de janeiro de 2011

12º dia da Viagem - El Calafate até Cerro Sombrero

Meus Amigos!

Dia 29 de dezembro, El Calafate com um céu sem núvens, azul anil e um sol delicioso.



Inicio a viagem me despedindo da beleza natural da região e pensando em Ushuaia. Viagem tranquila até Rio Gallegos, depois mais alguns kilometros e a primeira aduana saindo da Argentina, depois outra aduana entrando no Chile. A passagem pelo Estreito de Magalhães foi tranquila e dali até Cerro Sombrero aumentou o frio e começou a chover. Então pensei: estrada de rípio (chão batido), chuva, anoitecendo, acho melhor ficar por aqui. fui a um restaurante, talvez o único daquela micro cidade, comi razoavelmente bem e procurei uma pousada, também a única, porque a outra opção é um hotel bem caro, e resignado fui para o quarto.

Quando estou me arrumando para tomar banho e dormir, bate a porta do quarto a recepcionista e me diz que estou sendo requisitado na recepção. Pensei, quem seria? talvez alguem querendo falar sobre a Roseli, bem coloquei a calça e bota e desci. Surpresa, era o Luiz e a Ana, haviamos nos encontrado no Hotel em Lages/SC e eles estavam na mesma pousada, que coincidência, mesma pousada, mesma cidadezinha na Terra do Fogo.

Encontramos, nos abraçamos e Luiz contou que depois de abastecer no único posto da cidade foi arrumar a carga da moto e um vento a derrubou, quebrando o manete da embreagem. Depois de muito perguntar conheceu Hernan, um mecânico da companhia de petróleo do Chile que fez uma peça nova e prendeu-á no pedaço quebrado do manete, ficaram amigos. Hernan estava junto e me convidou para conhecer sua oficina. Gente, é surreal! Numa cidadezinha que não tem mais que 50 casas, o cara tem uma oficina particular que tem tudo, todas as ferramentas possíveis e necessárias para se desmontar qualquer moto. O Hernan tem uma Harley Davidson Ultra Glide e uma BMW GS1200, ele toca rock em sua guitarra, em síntese uma pessoa fantastica, mistura rock e moto com muita maestria. Lá eu conheci o José, outro mecânico da mesma companhia, ficamos ouvindo um bom rock, bebendo cerveja e pisco e contando história até a 1 hora da manhã. Depois combinamos a saída para o Ushuaia no dia seguinte e José disse que nos acompanharia na estrada de rípio, pelo menos até a fronteira com a Argentina e então fomos dormir, felizes pelo reencontro e pela confraternização.

Abraços!

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