Triste, mas tinha que ir embora, carreguei a Roseli - sim!! Vocês lembram quando tirei uma foto numa Harley Davidson, que é de Hernan, lá de Cerro Sombreiro? Quando publiquei na internet ainda disse – tomara que Roseli não a veja. Ela foi mais esperta que eu, e quando a carregava com minhas bolsas cortou meu dedo, muito sangue. Ah menina ciumenta, pensei que era melhor, mas pelo que vejo é igual a todas (rsrs).
Resolvido o impasse, fiz um curativo com uma pequena tala para que não pudesse dobrar o dedo, fui embora. O dia estava lindo, temperatura na casa dos 20 graus, uma maravilha em se tratando do fim do mundo. Nenhum problema até uns 20 km antes do ferry boat que cruza o Estreito de Magalhães, quando começou uma neblina e a temperatura caiu vertiginosamente. Foi quando encontrei Rogério e Ana de São Paulo, eles estavam indo para Punta Arenas, juntos cruzamos o estreito e mais 25 km, em um trevo cada um foi para o seu lado. Nesse ponto a visibilidade estava totalmente comprometida. Era mais ou menos nove horas da noite. Eu tinha mais uns 170 km até Rio Gallegos e duas aduanas para fazer. Quando a noite caiu de verdade passei a andar a 50 km/h, no máximo. Resumo, cheguei a Rio Gallegos às 00:45h morto de frio. Procurei um hotel e fui dormir. O dia tinha terminado mal, mas eu estava em segurança. Registro que achei caro o preço dos hotéis em Rio Gallegos, não oferecem um serviço a altura do que cobram, portanto quem for por aquelas bandas, evite dormir na cidade.
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