sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

40º dia da viagem – Santa Cruz de La Sierra a Corumbá - 26 de janeiro

O dia começou mal. Antes de encontrarmos o Diego e a Lígia passamos na praça para tirar algumas fotos, já no caminho para o hotel um policial boliviano nos aborda e tenta a todo custo encontrar coisas erradas para poder nos tirar dinheiro. Primeiro disse que estávamos há mais de 30 dias na Bolívia (prazo permitido para estrangeiros) quando na verdade estávamos há 9 dias, depois insistiu que na minha carteira de habilitação não constava a permissão para dirigir motos, saquei a carteira internacional de motorista e muito a contragosto ele me liberou. Que nojo desses bandidos fardados!
Às 10h saímos da cidade, a estrada é ótima e praticamente sem curvas, propiciando uma viagem econômica e tranqüila. Bem, isso até chegarmos ao chão batido, 46 km de tortura potencializada pelo calor infernal e por dessa vez Helenilka estar na garupa, o que aumentava a instabilidade da Roseli. Levamos uma hora e meia para percorrer esse trecho, o Diego e a Lígia nos acompanharam com muita paciência mesmo não tendo essa necessidade, já que em uma BMW 1200GS percorreriam esse trecho em, no máximo, 40 minutos.
Roseli, a mais valente das customs, enfrentando o chão batido

Passado esse sofrimento paramos na próxima cidade para tomar uma cerveja e comer alguma coisa. Enquanto abastecíamos soubemos que dois casais de São Paulo, que encontráramos no dia anterior no jantar e que viajavam em duas caminhonetes, fora perseguido momentos antes e um dos veículos capotou ao tentar fugir dos ladrões. Receosos, seguimos viagem rumo à fronteira, onde chegamos às 22:30h, e mais uma vez um bandido boliviano, ops, um policial, nos extorquiu dinheiro. Ainda teríamos que voltar no dia seguinte para passar na imigração e fazer aduana da Roseli, mas a alegria de passar a fronteira, entrar no Brasil e deixar a Bolívia, onde tivemos tão maus momentos, era tamanha que não nos importamos, e seguimos para Corumbá em busca de um restaurante e um hotel.
Abraços.
P.S.: Gostaria de fazer um agradecimento especial ao Diego e a Lígia que com muita paciência, cuidado e bom humor nos acompanharam hoje, principalmente nos trechos de chão batido, que teria sido muito mais penoso sem tão agradável companhia. Aguardem nossa visita em Curitiba!


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