segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

43º dia da viagem - Chapadão do Sul a Brasília - 29 de janeiro

Chegou o último dia da viagem, menos de 800 km e estaríamos em casa, mas não sem alguns atropelos.

Às 9:30h entramos na estrada rumo a Cassilândia, 40 km à frente uma tempestada pior que a do dia anterior nos pegou, o vento era fortíssimo e havia carros parando para esperar a chuva passar, resolvemos seguir ainda que lentamente. Mais 50 km e saímos de Cassilândia, só que havia coisa muito pior que a chuva, buracos, ou melhor, crateras gigantescas que me obrigavam a pilotar perigosamente, desviando de um e às vezes caindo em dois, e assim foi por mais de 100 km. Quando finalmente voltamos a um asfalto decente surgem bois! Desse jeito não vamos chegar nunca a Brasília. 

O jeito é ter paciência

Já próximos a Goiânia, mais chuva, pelo menos agora foi mais fraca. Pegamos um anel viário que contorna Goiânia e não abasteci, esperava encontrar postos de combustível mais à frente, mas isso não aconteceu e a apenas 160 km de casa, anoitecendo, fiquei sem combustível. Que ironia, depois de ter viajado mais de 17.000 km em locais de difícil abastecimento venho ficar sem gasolina praticamente às portas de casa (rsrsrs). O jeito era pedir que alguém parasse, ainda que sem muita esperança, afinal estávamos de volta à cidade grande e ao cada um por si. Para nossa sorte, depois de 20 minutos pára Davi, um goiano vendedor de carvão, que levou Helenilka ao próximo posto (10 km à frente) e depois a trouxe de volta.

Resolvido o problema do combustível paramos mais à frente para jantar, a idéia agora era só parar em Brasília. Segundo Helenilka, a Roseli não queria voltar para casa, então, faltando apenas 50 km apaga tudo, apenas o farol funcionava, não havia mais lanterna traseira, pisca, luzes de freio, buzina, velocímetro, pelo menos o motor ainda funcionava. Não havia o que fazer e seguimos para casa.

Finalmente, às 23:58h, solitários, estávamos de volta ao ponto de partida, Alameda dos Estados em frente ao Congresso Nacional, era o fim da viagem. Sentimentos paradoxais me invadiram, feliz por ter completado a expedição, mas melancólico e sem saber o que fazer amanhã, toquei para casa com a certeza de que amanhã mesmo começo a planejar a próxima viagem.




Caros, embora a viagem tenha acabado ainda iremos postar ao longo da semana algumas informações que serão úteis a quem planeja alguma viagem do gênero. Equipamentos e itens pessoais que utilizamos e aprovamos, aqueles não tão bons, o que foi desnecessário, o que se mostrou muito útil, enfim, o que realmente é importante para se passar tanto tempo na estrada. Em outro post também vamos colocar as despesas separadas por país e itens, especialmente combustível, alimentação e hospedagem. Por último pretendo fazer um balanço de tudo o que a expedição representou para mim, seus desafios e conquistas, mas antes preciso descansar um pouco.

Abraços.

2 comentários:

  1. Parabéns Paulo e Helenilka pela aventura e por nos presentear com este relato! Até a proxima, quem sabe não nos encontramos na estrada!

    []´s

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  2. Parabéns pela façanha e obrigado por compartilhar o conhecimento de uma viagem como essa.
    Aproveite agora o descanso dos justos.
    Saúúúde!

    Toninho Salles, o amigo motociclista do nosso amigo comum, Jorge Maranhão.

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