quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

38º dia da viagem – Do km 70 da Ruta 1 à Carretera Cochabamba_Santa Cruz – 24 de janeiro

Quando acordamos e fomos carregar a Roseli vimos que a moto de Curitiba ainda estava lá. No café da manhã encontramos o casal, Diego e Lígia, que estava voltando do Peru, conversamos e resolvemos seguir juntos até Cochabamba.

Boa companhia na estrada

Ao sairmos a temperatura estava em 12°C, o jeito era seguir e assim fomos juntos à Cochabamba. Lá nos despedimos, enquanto eles seguiram viagem nós fomos comer uma pizza e dar uma volta pela cidade, ao contrário do que víramos da Bolívia até então Cochabamba parecia uma cidade mais civilizada, quadras perfeitas, trânsito mais civilizado, sem lixo nas ruas, mas isso era só aparência, a atendente da pizzaria tentou roubar no troco, isso aqui está difícil mesmo. Resolvemos continuar, os politicamente corretos que não me leiam mas pelo menos na estrada minimizamos o contato com o pessoal nativo.
No caminho entre Cochabamba e Santa Cruz tivemos uma grata surpresa. Cochabamba é uma cidade a cerca de 2500m de altitude e Santa Cruz a 416m, ou seja, entre elas há a transição do Altiplano Andino, frio e seco, para a floresta tropical, quente e úmida, é algo simplesmente espetacular, na descida da serra é possível ver a vegetação mudando, o verde se tornando mais intenso, as folhas aumentando de tamanho, as árvores começando a surgir, sentir a umidade se instalando e o calor dando as caras enquanto uma chuva forte caía sem parar.  Foi quando percebemos que estávamos no meio da floresta! Foi emocionante, mesmo tendo reduzido drasticamente a velocidade, em razão da chuva que deixou a pista escorregadia e da queda de pedras e deslizamentos de terra, valeu muito a pena, esse é um trecho de estrada que empolga e faz qualquer um entender a beleza de andar de moto.

No Altiplano Andino

E pouco depois na Floresta Tropical Úmida

Depois de descermos a serra a estrada virou uma reta interminável, pensamos que chegaríamos à Santa Cruz, pois a chuva parara e o tempo estava bom, mas não sabíamos de uma coisa, na Bolívia os postos de gasolina na estrada fecham às 20h! Só restava o mercado negro, que estávamos decididos a não utilizar. Bem, continuamos a rodar na esperança de achar um posto, todos fechados, começamos a procurar um hotel e nada, preocupados seguimos, conversamos com a Roseli e pedimos que ela economizasse um pouco ou ela Iria que dormir na estrada ao relento. Deu certo, no meio da Carretera encontramos o Hotel Torero II, onde a Srª Sílvia nos atendeu gentilmente, o hotel tinha até ar-condicionado! Era mais do que esperávamos. Jantamos e fomos dormir o profundo sono dos motociclistas.
Até mais.

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